terça-feira, 16 de julho de 2013

A Visão de um obreiro da Igreja Universal - Igreja Capitalista.

As vezes quando olho a situação da igreja atual fico triste, por isso não devemos olhar para os homens, e sim para Deus. Eu fico triste porque vejo se cumprir nos dias atuais aquela passagem bíblica que diz que o amor de muitos se esfriaria nos últimos tempos, e de fato, vivemos em um mundo sem amor, e quando digo isso, não estou falando do mundo ou dos incrédulos, ou dos que não conhecem a Deus, porque do mundo…eu não espero mais nada, essa situação de violência, de ceticismo, de avareza, de um mundo sem amor, é comum, e a tendência …é que piore cada vez mais com o passar dos anos, até que viver neste mundo um dia será insuportável.
Mas quando digo que o amor de muitos está se esfriando, eu digo em relação a igreja, isso mesmo, hoje não há amor na igreja do Senhor Jesus, e dou mais ênfase a esta tese quando comparamos a igreja dos nossos dias com a igreja primitiva, onde os seus membros se amavam tanto que chamavam uns aos outros de irmãos…irmãos em cristo.

Hoje…quando um religioso chama outro de irmão…é por pura religiosidade…pois irmãos não se atacam, irmãos não se odeiam, irmãos não falam mal uns dos outros, irmãos não são falsos uns com os outros, irmãos não se apedrejam, enfim…irmãos são cúmplices, irmãos se amam, irmãos lutam de mãos dadas…e era o que ocorria na igreja primitiva.
Na igreja primitiva, seus membros vendiam as suas posses e dividiam os valores entre si, dividiam tudo entre si: propriedades, dinheiro, pão, alimento, amor, enfim…a comunidade cristã, praticava o amor ao próximo pregado pelo seu fundador primaz, o Senhor Jesus Cristo.
A Igreja atual, fecha os olhos para o sofrimento alheiro, a igreja atual, faz vistas grossas para iniqüidade, a igreja atual é gerida por interesses e politicagens, a igreja atual é capitalista e egoísta.
Não estou falando da igreja A ou B, estou falando da Igreja do Nosso Senhor Jesus, hoje…quem tem mais…é visto como homem de Deus…e quem tem menos é considerado um individuo com fé deficiente. Isso mesmo, hoje ser empresário, ter carros importados e dar testemunhos financeiros no altar e na TV é sinônimo de comunhão com Deus, enquanto o sujeito que não tem nada disso é visto como um incrédulo.
Hoje a comunhão com Deus é desprezada em favor do dinheiro, hoje a igreja dá mais ênfase a riqueza material do que a riqueza da graça de Deus, hoje as pregações sobre conquista material tem mais de 90% de espaço nos púlpitos, enquanto que os 10% restantes tem que ser agarrados com sede por aqueles que tem sede de Deus, e o amor da Igreja? Onde foi parar? Eu respondo: o amor da igreja foi para os bens, para o dinheiro, para as mansões, para o poder.
Talvez essa diferença ocorre porque vivemos em um mundo capitalista, e a igreja primitiva vivia em outro mundo…mas…para tudo tem que ter limites, e o limite da igreja foi ultrapassado. Porque quem ama mais o dinheiro ama menos a Deus, que ama mais o dinheiro ama menos a sua esposa, quem ama mais o dinheiro ama menos os seus filhos, que ama mais o dinheiro, ama menos o próximo, que ama mais o dinheiro, ama mais a avareza, quem ama mais o dinheiro, ama mais a ambição, quem ama mais o dinheiro, mais a cobiça, quem ama mais o dinheiro ama mais o diabo.
Não é a primeira vez que me vejo realizando duras criticas ao dinheiro aqui no blog, não critico a teologia da prosperidade, ou não estou exaltando a teologia da miséria. Parece meio dúbio, ou contraditório, mas eu sou um empresário bem sucedido, ando em um carro zero avaliado em R$ 50 mil reais e possuo uma empresa que fatura meio milhão por ano, é pouco, mas para um sujeito filho de empregada doméstica e que morava em cortiços na infância é muito. Mas estas conquistas, foram através da fé inteligente ensinadas na Igreja Universal, sou bem sucedido financeiramente, faço as correntes de prosperidade todas as segundas feiras, tenho dinheiro…mas não me deixo ser dominado por ele, tenho dinheiro…mas não amo ele….tenho dinheiro…mas sou um Homem de Deus.
Não critico o dinheiro, critico o amor ao dinheiro, não critico uma vida de qualidade conquistada mediante a fé no Senhor Jesus, pois eu tenho esta vida, mas critico a substituição da divindade do Senhor Jesus Cristo pelo dinheiro em nossas vidas.
Podemos sim ter o melhor desta terra, mas não podemos abandonar o amor, porque mesmo que nos entregamos a fogueira, mas…sem amor…iremos virar churrasquinho…
Que o Senhor Jesus abençoe a todos os leitores deste blog. 
Obr. Carlos Alberto

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