(Imagem Lutero e Calvino)
João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 — Genebra, 27
de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês.
Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até
hoje. Portanto, a forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo
nome Calvinismo, embora o próprio
Calvino tivesse repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do
Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país
de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados
Unidos.
Nascido na Picardia, ao norte da França, foi batizado com
o nome de Jean
Cauvin. A tradução do apelido de família "Cauvin" para olatim Calvinus deu a origem ao
nome "Calvin", pelo qual se tornou conhecido.
Calvino foi inicialmente um humanista.
Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica,
este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento
protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como
"padre". Vítima das perseguições aos protestantes na
França, fugiu para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se
definitivamente num centro do protestantismo Europeu e João Calvino permanece
até hoje uma figura central da história da cidade e da Suíça .
Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando
Calvino tinha oito anos de idade. Para muitos, Calvino
terá sido para a língua francesa aquilo que Lutero foi para a língua alemã -
uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta, por
vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais
refinado e geométrico, quase de filigrana. Citando Bernard Cottret, biógrafo
(francês) de Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que
cada um deles se insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das
liberdades germânicas, o qual se dirige com palavras arrojadas aos senhores
feudais da nação alemã; Calvino, o filósofo pré- cartesiano, precursor da língua francesa, de uma
severidade clássica, que se identifica pela clareza do estilo".
A discordância com Lutero
Martinho
Lutero (retrato Lucas Cranach o Velho - 1529).
No movimento reformista, Lutero não concordou com o "estilo"
de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja
Católica,18 enquanto João Calvino acreditava que a Igreja
estava tão degenerada que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a
organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes),
seria idêntica à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se
desse objetivo, fundando, então, o Protestantismo, que não seguia
tradições, mas apenas a doutrina registrada na Bíblia, e cujos usos e
costumes não ficariam presos a convenções ou épocas. A doutrina luterana está
explicitada no "Livro de Concórdia", e não muda, embora os
costumes e formas variem de acordo com a localidade e a época.
Martinho Lutero, em alemão Martin
Luther, (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18
de fevereiro de 1546) foi umsacerdote católico agostiniano e professor de teologia germânico que foi
figura central da Reforma
Protestante. Que ficando contra os conceitos da Igreja Católica veementemente
contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado
poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgências Johann
Tetzel com suas 95 Teses em
1517. Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Leão X em
1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de
Worms em 1521 resultou
em sua excomunhão pelo Papa e a condenação como um fora-da-lei pelo
imperador do Sacro Império Romano Antigo.
Lutero ensinava que a salvação não
se consegue com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas
pela graça, através da fé em Jesus como único redentor do pecador. Sua teologia desafiou
a autoridade papal na Igreja
Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de
conhecimento divinamente revelada1 e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os
cristãos batizados como um sacerdócio santo.2 Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de
Lutero eram chamadosluteranos.
Sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim fez o
livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura
alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de
traduzir3, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James.4 Seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em
igrejas.5 Seu casamento
com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento
clerical, permitindo o matrimônio de padres protestantes.6
Em seus últimos anos, Lutero tornou-se algo antissemita,
chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruídas, e suas sinagogas queimadas,
dinheiro confiscado e liberdade cerceada. Essas afirmações fizeram de Lutero
uma figura controversa entre muitos historiadores e estudiosos. Há relatos de
que momentos antes de sua morte Lutero estava com um rosário em sua mão.7
Em que acreditam os Luteranos
Muita gente não conhece a história e a fé da Igreja
Luterana, a primeira igreja protestante da Reforma, que recebeu esse nome como
“provocação” dos católicos, não por devoção a Lutero (o que não acontece, de
maneira nenhuma, na Igreja Luterana), como alguns acusam de acontecer.
A História falaremos aos poucos aqui pelo site, mas
o que os luteranos acreditam, resumidamente, você pode conferir abaixo.
O que
Ensinam os Luteranos:
O que é a Bíblia?
- Os luteranos ensinam que a Bíblia é, em todos os seus termos, a Palavra de Deus;
- que conseqüentemente, todos os fatos nela
relatados são absolutamente verdadeiros;
- que ela não contém erro; que ela interpreta-se a
si mesma;
- que ela é a única verdade divina conhecida sobre
a terra;
- que ela deveria ser diligentemente ouvida e
estudada;
- que ela anuncia a salvação pela fé em Jesus
Cristo.
Veja: 2 Pe 1.21; 1 Co 2.13; Jo 5.39; Lc 11.28.
Quem é Deus?
- Os luteranos ensinam que Deus é triúno, isto é, um
Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo;
- que estas três pessoas são iguais; que ignorar ou
negar um, é rejeitar a todos;
- que ele é Criador, Redentor e Santificador.
Veja: Dt 6.4; Mt 28.19; Jo 5.23; 1 Jo 2.23; Gn 1.1; Jó 12.13; Jo 1.3; Rm
15.13.
Quem é o Homem?
- Os luteranos ensinam que o homem não é produto de
uma pretensa evolução, mas que foi feito por Deus por meio de um ato direto de
criação;
- que lhe foi dada uma lama imortal, dotada de
perfeita santidade e criada para a vida eterna;
- que, entretanto, ele pecou, rompeu a comunhão
amorosa com Deus e tornou-se totalmente depravado e sujeito a morte;
- que, em seu estado natural, ele não pode, por
qualquer poder ou força de sua parte, restabelecer as corretas relações com
Deus.
Veja: Gn 2.7; Gn 3; Sl 14.3; Rm 5.12; Rm 3.23; Is 64.6; Sl 143,2; 1 Co
2.14
Qual é a função da Lei?
- Os luteranos ensinam que a Lei de Deus exige
corações, pensamentos, palavras e ações perfeitos;
- que ela condena inteiramente a todos aqueles que
a transgridem;
- que ela não pode salvar os pecadores;
- que a sua função principal desde a queda em
pecado é a de levar o homem ao conhecimento de sua depravada condição e mostrar
que todo homem necessita da ajuda de Deus.
Veja: Mt 5.48; Lv 19.2; Dt 27.26; Rm 3.20.
O que é o Pecado?
- Os luteranos ensinam que cada pensamento, palavra e ato cometido
contrário à lei de Deus é pecado;
- que cada ser humano é pecador por nascimento
- que todo o mal no mundo é conseqüência do pecado
do homem;
- que o pecado leva a condenação e ao inferno;
Veja: 1 Jo 3.4; Jo 3.6; Rm 5.12; Sl 5.4; Sl 51.5.
O que é o Evangelho?
- Os luteranos ensinam que o evangelho não é uma
lei nova ou superior, mas é a revelação especial daquilo que um Deus amoroso e
misericordioso fez, e continua fazendo, através de Jesus Cristo para a salvação
da humanidade;
- que ele gratuitamente oferece a todos os
pecadores a justiça que está em Cristo Jesus;
- que salvará eternamente aqueles que, com fé,
aceitaram as suas promessas.
Veja: Ez 33.11; 1 Tm 2.4; Lc 4.18-19; Jo 3.16; Rm 3.21-24; Rm 1.16.
Quem é Jesus Cristo?
- Os luteranos ensinam que Jesus Cristo é o Filho
de Deus e que é igual ao Pai em todos os sentidos;
- que ele é também o filho da virgem Maria e que
foi feito homem a fim de que pudesse salvar o mundo;
- que ele satisfez as exigências da Lei divina em
lugar de todos os homens, cumprindo os mandamentos de Deus em nosso lugar;
- que ele arcou com a punição dos nossos pecados
sofrendo e morrendo em nosso lugar na cruz;
- que ele ressuscitou corporalmente dentre os
mortos e hoje vive;
- que ele é o único caminho que nos conduz aos
céus;
- que ele virá visivelmente pela segunda e última
vez no fim do mundo para julgar os vivos e os mortos.
Veja: Jo 5.20,23; Jo 10.30; Jo 14.9; Mt 1.18-25; 1 Pe 2.22; Gl 4.4-5; Gl
3.13; 1 Pe 2.24; 1 Jo 2.1-2;
Rm 4.25; Jo 14.19; At 1.11; At 10.42.
Como somos reconciliados com Deus?
- Os luteranos ensinam que tudo quanto era
necessário para que houvesse reconciliação do mundo com Deus foi feito quando
Jesus Cristo deu a vida sobre a cruz;
- que Deus, por causa de Jesus Cristo, declarou a
humanidade livre da dívida e da culpa do pecado, declarou-a justa;
- que essa justificação (salvação) de toda a
humanidade torna-se propriedade individual através da aceitação pessoal da
mesma;
- que todos que assim, pela fé, aplicaram para si
mesmos a graciosa declaração divina de reconciliação, são justificados diante
de Deus – não por qualquer mérito ou dignidade, mas somente pelo amor imerecido
que Cristo nós dá através da fé.
Veja: 2 Co 5.19; Rm 5.18-19; At 10.43; Rm 3.22-24,28; Ef 2.8-9.
O que é o arrependimento?
- Os luteranos ensinam que o arrependimento, no
sentido bíblico do termo, é o reconhecimento do pecado e o sincero lamentar por
causa dele – juntamente com o confiante pedido de perdão a Deus, em nome de
Cristo;
- que ele é uma condição do coração sem o qual
homem algum pode ter a esperança de ser Salvo;
- que a todo pecador verdadeiramente arrependido é
assegurado o perdão gratuito e completo de Deus.
Veja: Is 55.6-7; Mt 4.17; Mc 1.15; Lc 10.13-14; At 2.38; 2 Co 7.10.
O que é a fé?
- Os luteranos ensinam que a fé é a aceitação de
Jesus Cristo, por parte do pecador arrependido, como seu real e único Salvador,
e a completa confiança na obra de Cristo para o perdão dos pecados e a
Salvação;
- que a fé não é apensa um conhecimento intelectual
da história de Jesus Cristo, mas crer, confiar e receber o que é oferecido
nesta história, ou seja, o perdão dos pecados e a vida eterna;
- que aquele que permanece nesta fé até o fim será
real, plena e eternamente salvo;
- que sem ela, a Salvação é impossível.
Veja: Jo 1.12,16; At 10.43; Rm 10.17; Hb 11.1; 1 Co 12.3; 1 Pe 1.5; At
16.31; Mt 24.13; Jo 3.36.
O que é a conversão?
- Os luteranos ensinam que a conversão não é uma mera mudança de
hábitos, mas uma mudança do coração – um “nascimento espiritual” do homem;
- que ela é realizada pelo poder de Deus Espírito
Santo por meio da Palavra e do Batismo;
- Em síntese, uma pessoa só é realmente convertida,
quando crê que Deus lhe perdoou graciosamente os seus pecados por amor de
Cristo. A pessoa convertida é pessoa que realmente crê no Cristo humano-divino
e único Salvador de pecador (Müller, John Teodore, Dogmática Cristã, p. 326).
Veja: Jl 2.13; Ez 11.19; Jr 31.18; Jo 1.12-13; 1 Jo 5.1; Is 55.3; Hb
4.12; 1 Pe 2.25.
O que é a Santificação?
- Os luteranos ensinam que a santificação é a vida
que o cristão levará após a conversão; este viver produzirá bons frutos como
conseqüência da fé em Jesus Cristo;
- que todos os cristãos autênticos produzem boas
obras em gratidão e louvor pelo perdão recebido de Deus;
- que, embora a santificação seja um processo
gradual, nós só alcançaremos a perfeição na eternidade.
Veja: Jo 3.3; 2 Co 7.1; Gl 5.6,25; 1 Ts 4.3; Ef 2.10; 1 Pe 1.15; Rm
7.15-25; Fp 3.12-14.
O que é a igreja? Por quem ela é formada?
- Os luteranos ensinam que há uma IGREJA invisível,
que consiste de todos aqueles que em seus corações, verdadeira e sinceramente,
aceita Jesus Cristo como seu Salvador;
- que esta Igreja é única;
- que Jesus Cristo é seu único cabeça e Senhor;
- que todos os seus membros possuem direitos
iguais;
- que ela pode ser encontrada onde quer que o
Evangelho de Cristo seja conhecido, e que durará para sempre.
- Os luteranos ensinam também que há uma Igreja
Cristã visível, que se compões de todos aqueles que professam a fé cristã e se
reúnem em torno da Palavra de Deus. Triste, porém, é que, por causa da inerente
inclinação do homem ao mal, sempre há, na igreja como um todo, os hipócritas,
os defensores de falsas doutrinas e de práticas não-cristãs. Diante disso, é
dever de todo cristão sincero buscar e unir-se com aquela parte da igreja
visível que retém o puro evangelho e a correta prática. Deve ser evitada a
comunhão religiosa com todos aqueles que se afastam da Palavra de Deus.
Veja: Jo 18.36; Lc 17.20-21; Jo 9.31-32; Is 55.10-11; Mt 16.18;
13.47-48; 22.2-14; 15.9; 1 Co 12.13; Ef 1.22-23; 2.19-22; Rm 16.17; 2 Ts
3.6,14; 2 Co 6.14-18.
O que é o Batismo? Quem precisa dele?
- Os luteranos ensinam que o batismo é um ato
ordenado por Deus que nos lava de todos os pecados;
- que ele se destina a adultos e crianças, sem
exceção, e que pode ser ministrado lavando, regando, aspergindo com água ou
submergido na água;
- que por meio dele, a todos que na fé receberam
esse sacramento, é dada a graça de Deus, , o perdão dos pecados e a promessa da
vida eterna;
- que o batismo deve ser realizado sempre em nome
de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Veja: Mt 28.29; Tt 3.5; Mc 10.14; At 16.15; Hb 10.22; At 22.16; 2.38; Mc
16.16.
O que é a Santa Ceia? O que ela oferece?
- Os luteranos ensinam que o corpo e sangue de Jesus
Cristo estão verdadeiramente presentes no sacramento da Santa Ceia, juntamente com
o pão e o vinho;
- que a Santa Ceia não é um ato simbólico, mas um
meio pela qual Jesus oferece perdão dos pecados e fortalecimento da fé;
- que o corpo e sangue de Cristo são recebidos
pelos cristãos para perdão dos pecados, fortalecimento da sua fé e crescimento
na piedade;
- que aqueles que participam da Ceia sem se
arrepender dos seus pecados e sem fé em Jesus Cristo não recebem as bênçãos
divinas prometidas por Deus e pecam contra o corpo e sangue de Cristo.
Veja: Mt 26.26-28; 1 Co 10.16; 11.26-29; Mt 7.6.
O que é a oração a Deus?
- Os luteranos ensinam que a oração é uma comunhão
dos cristãos com Deus;
- que, embora não seja um ato pelo qual se obtenha
méritos ou recompensas, ela é divinamente ordenada;
- que deveria ser regularmente praticada por todo
cristão para proveito próprio e para beneficio de outros;
- que, se feita com fé, conforme a vontade de Deus,
tem clara e segura promessa de graciosa aceitação e resposta divina.
Veja: Sl 19.14; Mt 7.7-8; Sl 50.15; 1 Tm 2.1-2,8; 1 Jo 5.14; Is 65.24;
Mt 21.22.
Diabo e inferno existem?
- Os luteranos ensinam que há um grande número de
espíritos (chamados de ‘demônios’ na Bíblia), dotados de poder, que são
inimigos implacáveis de Deus e de sua igreja; que estes foram lançados no
inferno;
- que no dia do julgamento final todos os homens
que morreram sem fé em Cristo serão destinados ao mesmo inferno de tormento e
condenação eternos;
- que ao permanecermos com Cristo Jesus, estamos
protegidos das ações e do poder desses espíritos.
Veja: Ef 6.12; 1 Pe 5.8-9; Jd 6; Mt 25.41; Is 66.24.
Qual é a conseqüência da Morte?
- Os luteranos ensinam que após a morte física, o
ser humano será ressuscitado no dia do juízo final e lá viverá novamente;
- que todas as pessoas serão julgadas por Jesus
Cristo;
- que a todos os crentes em Cristo, será dada a
vida eterna no céu, enquanto os descrentes serão lançados à condenação eterna.
Veja: Jo 5.28-29; Mt 25.31,46.
Questões Especiais
Temos o direito de tirar a própria vida?
- Os luteranos ensinam que a vida é um presente
dado por Deus, e que tentar tirá-la é um pecado gravíssimo contra o quinto
mandamento;
- que a causa de muitos suicídios tem origem
espirituais e psicológicas;
- que pessoas que apresentem características, tendências
suicidas precisam ser levadas a compreenderem o valor da vida e a buscar ajuda
profissional;
- que precisamos estar atentos aos sofrimentos e
angústias dos amigos, colegas e familiares, pois com a ajuda de Deus, somos
capazes de evitar que estes decidam acabar com as suas próprias vidas;
- que o amor de Deus, demonstrado em seu filho
Jesus, revela o quanto Deus ama a cada um de nós.
Veja: Dt 30.19b-20; Jr 31.3; Sl 23.4; Mt 11.28; Sl 119.105.
Deus aceita o divórcio?
- Os luteranos ensinam que o vínculo matrimonial
deve ser preservado inviolável;
- que, diante de Deus, divórcio algum é válido, a
não ser em casos de adultério ou conduta maliciosa;
- que a atual tendência em se menosprezar o
matrimônio só poderá resultar em danos incalculáveis ao lar, aos filhos, à
igreja, ao Estado, enfim, a toda estrutura da sociedade humana;
- que Deus jamais incentiva o divórcio, mas que o
permitiu pela dureza do nosso coração;
- que Deus sempre nos dá uma nova oportunidade de
recomeçarmos a nossa vida, e isso também vale aos divorciados.
Veja: Gn 2.24; Mt 19.8; 1 Co 7.15.
O que é um credo?
- Os luteranos ensinam que um credo, como a palavra
mesmo diz e significa (credo=eu creio), é simplesmente uma afirmação daquilo
que se crê;
- que todo cristão professo tem um credo, quer ele
admita ou não;
- que um credo verdadeiro não é um complemento à
Bíblia, mas somente uma ênfase necessária de verdade contra aqueles que usam
erroneamente a Bíblia para a defesa dos seus falsos ensinos;
- que em diferentes momentos históricos, da Igreja
de Cristo, as verdades bíblicas foram reafirmadas na elaboração dos credos
Apostólico, Niceno e Atanasiano;
- que sem um credo a igreja está sujeita a ser
trajada por um dilúvio de erros.
Veja: 1 Pe 3.15; Mt 10.32.
Podemos conciliar as verdades bíblicas e os ensinos da ciência?
- Os luteranos ensinam que, visto o Deus, que se
revelou na grandeza e complexidade do universo que criou, ser o mesmo Deus que
se revelou como um Deus de misericórdia e amor na obra redentora de Cristo, o
Salvador, é certo que não pode haver conflito entre a verdadeira ciência e as
verdades da Bíblia;
- que teorias evolucionistas e filosóficas que
negam o lugar de Deus no universo, ou que tentam negar a sua revelação
salvadora e santificadora são rejeitadas;
- que a ciência pode ser, e tem sido, uma forma de
manifestação das grandes bênçãos de Deus sobre a humanidade.
Veja: Sl 8; 19.1;24.1-2; Hb 1.10; 11.3; Gn 1.28.
Quem é responsável pela educação religiosa?
- Os luteranos ensinam que a educação cristã na
juventude não é função do Estado, mas do lar e da igreja;
- que cabe à igreja organizar escolas dominicais e
planejar outras atividades que auxiliem os pais a educar os seus filhos na
disciplina e ensinamentos do Senhor;
- que as atividades referentes à educação cristã e
instrução de crianças e jovens é uma obrigação que os pais cristãos devem a si
mesmos, aos seus filhos, à sua igreja e à pátria.
Veja: Mc 10.14; Jo 21.15; Ef 6.4.
Quem deve fazer e aplicar as leis de um país?
- Os luteranos ensinam que o princípio que
estabelece a separação entre a Igreja e o estado está em harmonia com a
espírito e a Bíblia;
- que, diante disso, a execução das leis civis
compete ao Estado e não à igreja;
- que s Igreja endereça-se ao coração do homem e
age através do convencimento, não por obrigação;
- que a interferência da Igreja no Estado e
vive-versa só resultará em perseguições religiosas e na destruição de um
governo livre.
Veja: Jo 18.36; Mt 22.21; Rm 13,1-7.
É possível sermos ecumênicos?
- Os luteranos ensinam que a divisão que reina no seio
da igreja cristã visível é uma condição deplorável, mas que não são os
defensores da verdade divina os responsáveis por ela, mas sim, os que defendem
e professam falsas doutrinas;
- que não pode haver verdadeira união exterior onde
não há união interior, na fé em Cristo Jesus;
- que a esperança de uma cristandade unida se
tornará realidade somente quando todos os cristãos professos se unires na
rejeição de todo erro e na aceitação de todas as doutrinas apresentadas na
Palavra de Deus;
- que o respeito a outras religiões se torna
necessário; que a verdadeira Igreja cristã buscará a sua unidade na obra
salvadora de Jesus Cristo.
Veja: Rm 16.17; Ef 4.3-6.
Fonte:Kretzmann, Karl: What Lutherans Teach, Saint Louis,
Concordia Publishing House, 1965. “O que Ensinam os Luteranos”, trad. Astomiro
Romais. Cristo para todas as Nações, São Paulo-SP, 2007. www.cptn.org.br.
Em que acreditam os Calvinistas
(Igreja Calvinista)
Segue abaixo o que crêem todos (ou quase todos) aqueles que se dizem
reformados Calvinistas.
1. Em um Deus Trino.
O presbiterianismo crê
que há um Deus Trino que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Três pessoas distintas, mas um só Deus igualmente divino em eternidade e
majestade, sem subordinação; A I.P.B. adota a doutrina da trindade e a
apresenta aos seus fiéis como digna de fé.
2. Em Jesus Cristo, como sedo a 2ª pessoa
da trindade.
Divindade de Cristo: nós cremos que Jesus é o Deus encarnado (Jo
1.14), Alguns grupos que não aceitam Jesus como a 2ª pessoa da trindade: os
mormonitas, os espíritas, os cristãos científicos, os maotanos, os budistas, os
testemunhas de Jeová e outros. O presbiterianismo crê que Ele é o autor da
salvação completa, perfeita, toda suficiente (só Jesus basta para a salvação) e
eterna, para o homem decaído. Nasceu, morreu, ressuscitou, subiu ao céu, de
onde vai voltar um dia para julgar.
3. Na Bíblia, a única regra de fé e
prática, a palavra de Deus. Cremos que ela foi inspirada pelo Espírito Santo
(II Pe. 1.20-21) e que podemos confiar nela como única regra de fé e prática.
Cremos que outros livros a ela não se nivelam. Mas a I.P.B. não a entroniza em
seus templos. Ela não é objeto de culto como Livro. Ela vale o que contém e o
que contem, é essencial para conduzir o homem à salvação em Cristo Jesus.
4. No novo nascimento dos conversos.
Cremos
que no momento em que a pessoa crê em Jesus como único e suficiente salvador
ela é nova criatura (criação). (II Co. 5.17) – tudo se transforma. Há uma mova
imagem na vida da pessoa. Cristo e o novo Senhor e o novo morador da alma (Gl.
2.20).
5. Na ressurreição dos mortos.
A fé na
ressurreição dos mortos está em toda a Bíblia (I Co. 15.12-19). (“Mas, agora,
Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem (I Co.
15.20).
6. A
sabedoria de Deus
Esta é a pedra fundamental da fé
Presbiteriana. A doutrina que se dá o maior respeito. A doutrina da soberania
divina mostra que Deus é o Senhor de tudo. Governa tudo. Tudo saiu das suas
mãos criadoras. Tudo é de Deus. E Ele reina sobre tudo. Tudo está sob o seu
controle. Nada o surpreende. Nada o limita, nada o detém, nada se lhe antecipa,
tudo acontece na hora própria. Deus é soberano na criação, na providência e na
salvação (At. 4.24; I Tm. 6.15; AP. 1.5).
7. A
predestinação
É uma doutrina que decorre da
anterior. São gêmeas. Como soberano e todo poderoso, Deus é Onisciente,
Onipotente, Onipresente. Esses três atributos lhe permitem decretar e conhecer
o que acontece. Para Deus não há presente, passado e nem futuro, mas tudo é um
eterno presente. Esta é a doutrina que nos ensina que Deus nos escolheu para
salvação antes da fundação do mundo e que Deus tem um povo eleito e só serão
salvos os eleitos (expiação limitada) (Ef. 1.4,5,11; Rm. 8.29-30,33; MT. 24.22,
24, 31).
8. A
Salvação pela graça
Cremos que a salvação é iniciativa
de Deus, não do homem (Não são as obras dos homens quem os salvam. Eleição
incondicional), mas são salvos para as boas obras (Ef. 2.8-10), salvação é dom
imerecido – é dádiva de Deus (Rm. 6.23). Salvação não depende do homem, mas de
Deus, porque é obra exclusiva de Deus. Ao homem compete aceitar, receber a
salvação de Deus quando ouve o chamado pela palavra de Deus. Salvação inicia em
Deus e termina em Deus. Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa
obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus (Ef. 1.6).
9. A
perseverança dos Santos
Esta é uma doutrina muito cara ao
presbiterianismo. Não é aceita por todos os grupos evangélicos. A base da
doutrina está na convicção de que Deus não muda. A criatura por Ele salva, não
pode, depois, ser condenada. Também está intimamente ligada à obra redentora de
Cristo. Uma vez redimido o homem, ainda que continue a errar, está redimido
para sempre. Quem diz que a redenção é definitiva é o Senhor Jesus (Jo 6.37, 10;
28-29)
10. O
governo representativo
A IPB adota governo
representativo, por entender que o governo representativo é de origem divina
instituída por Deus, reinstalando na Igreja Cristã primitiva (At. 20.17-35, I
Tm. 3.2-7) e redescoberto por João Calvino. O governo é exercido por
Presbíteros (docentes e regentes) (Gm. 3.18; Nm. 11.16-17). Toda autoridade na
IPB é conferida pela livre manifestação da vontade dos fiéis, mediante voto.
Rev. Oséas Barreto Velasco
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